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Hi Blog. Got quoted (and some of Debito.org’s “Japanese Only” signs posted) in BBC Brasil today (thanks Ewerthon for the link). I’ll paste the article below with the Google machine translation in English afterwards. Corrections welcome. Dr. ARUDOU, Debito
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Japão recebe críticas da ONU após onda de xenofobia nas ruas
Ewerthon Tobace
De Tóquio para a BBC Brasil
Courtesy http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/09/140908_discriminacao_etnica_japao_et_rm.shtml
Atualizado em 10 de setembro, 2014 – 07:44 (Brasília) 10:44 GMT
Placa contra estrangeiros no Japão / Crédito: Arquivo Pessoal
“Estrangeiros só poderão entrar se estiverem acompanhados de um japonês”, diz a placa
Uma recente onda de casos de xenofobia tem causado grande preocupação no Japão e levou a ONU a pedir que o governo do primeiro-ministro Shinzo Abe tomasse medidas concretas para lidar com o problema.
As principais vítimas nesse incidentes têm sido comunidades estrangeiras como a de coreanos e chineses, além de outras minorias chamadas de “inimigas do Japão”.
Um exemplo dos abusos é um vídeo que se tornou viral e circula pelas redes sociais. Mostra um grupo de homens da extrema-direita com megafones em frente a uma escola sul-coreana em Osaka.
Eles insultam os alunos e professores com palavrões, fazem piadas com a cultura do país vizinho e ameaçam de morte os que se atreverem a sair do prédio.
Um relatório do Comitê de Direitos Humanos da ONU encaminhado ao governo japonês, destaca a reação passiva dos policiais em manifestações deste tipo.
As autoridades têm sido criticadas por apenas observarem, sem tomarem nenhuma atitude efetiva para conter os abusos.
No final de agosto, o Comitê das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação Racial solicitou que o país “abordasse com firmeza as manifestações de ódio e racismo, bem como a incitação à violência racial e ódio durante manifestações públicas”.
Desde 2013, o Japão registrou mais de 360 casos de manifestações e discursos racistas.
A questão ganhou os holofotes da mídia e está sendo amplamente debatida pelo partido governista, o Liberal Democrático.
Um caso que está sendo visto como teste para a Justiça japonesa nesta área é a ação movida, no mês passado, por uma jornalista sul-coreana, Lee Sinhae, contra Makoto Sakurai, presidente do grupo de extrema-direita Zaitokukai, por danos morais.
Ela quer uma indenização depois de ser “humilhada” por textos discriminatórios na internet.
“O que me preocupa é que muitos destes discursos estão deixando o anonimato da internet e já chegaram às ruas”, disse Lee em uma coletiva de imprensa.
A jornalista alertou que várias crianças estão tendo contato com este tipo de pensamento e replicam no ambiente escolar, gerando casos de bullying.
Lei
No Japão, não há uma lei que proíba discursos difamatórios ou ofensivos. Para os opositores, banir os discursos de ódio pode acabar interferindo no direito das pessoas à liberdade de expressão.
Mas o país é signatário da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, que entrou em vigor em 1969, e que reconhece expressões discriminatórias como crime.
Pela Convenção, os países seriam obrigados a rejeitar todas as formas de propaganda destinadas a justificar ou promover o ódio racial e a discriminação e tomar ações legais contra eles.
Segundo as Nações Unidas, o governo japonês ainda tem muito para fazer nesta área. O comitê da ONU insistiu para que o Japão implemente urgentemente “medidas adequadas para rever a sua legislação”, em particular o seu código penal, para regular o discurso de ódio.
Exclusão dos estrangeiros
Para o escritor, ativista e pesquisador norte-americano naturalizado japonês Arudou Debito, “(essas atitudes discriminatórias) têm se tornado cada vez mais evidentes, organizadas e consideradas ‘normais'”.
Debito coleciona, desde 1999, fotos de placas de lojas, bares, restaurantes, karaokês, muitas delas enviadas por leitores de todo o Japão, com frases em inglês – e até em português – proibindo a entrada de estrangeiros.
A coletânea virou livro, intitulado Somente japoneses: o caso das termas de Otaru e discriminação racial no Japão.
Debito se diz ainda preocupado que, com a divulgação cada vez maior dos pensamentos da extrema-direita, a causa ganhe cada vez mais “fãs”.
“No Japão ainda há a crença de que é pouco provável haver o extremismo em uma ‘sociedade tão pacífica'”, explicou.
“Eu não acredito que seja tão simples assim. Ignorar os problemas de ódio, intolerância e exclusivismo para com as minorias esperando que eles simplesmente desapareçam é um pensamento positivo demais e historicamente perigoso.”
Placa: “Somente japoneses” / Crédito: Arquivo Pessoal
Aviso em um hotel de águas termais alerta que estrangeiros não podem entrar
Brasileiros
A comunidade brasileira no Japão também é alvo constante de atitudes discriminatórias. Quarto maior grupo entre os estrangeiros que vivem no país, os brasileiros estão constantemente reclamando de abusos gerados por discriminação racial e o tema é sempre levantado em discussões com autoridades locais.
O brasileiro Ricardo Yasunori Miyata, 37, é um dos que foi à Justiça depois que o irmão foi confundido com um ladrão em um supermercado de uma grande rede, na cidade de Hamamatsu, província de Shizuoka.
“O problema foi a abordagem. O segurança chegou gritando, como se ele fosse bandido e, mesmo depois de provado que tudo não passou de um engano, ele (o segurança) justificou que faz parte da índole do brasileiro roubar e que não poderíamos reclamar pois deveríamos estar acostumado com este tipo de coisa”, contou o rapaz, ainda indignado.
O caso aconteceu há quatro anos, mas até hoje Ricardo divulga a história para que outros não passem pelo mesmo constrangimento pelo qual ele e a família passaram.
“Acionamos a polícia, fizemos a reclamação na matriz da rede, procuramos um advogado e, por semanas, os gerentes do supermercado tentaram nos convencer a não entrar com processo”, lembra.
Depois de três meses, foi feito um acordo. “A rede trocou a empresa que faz a segurança local, pagou todas as despesas com advogados e exigimos ainda que os gerentes pedissem desculpas em público”, contou Ricardo.
Há 20 anos morando no Japão, o brasileiro lembra que antigamente a situação era bem pior. “Quando entrava brasileiro em supermercados, por exemplo, geralmente tocavam uma música brasileira. Era um sinal para avisar os funcionários de que havia estrangeiro na loja”, contou.
Ricardo já foi barrado em bares e também sofreu todo tipo agressão verbal. “Esse tipo de discriminação existe, é visível e constante. Enquanto as autoridades e a própria mídia não tomarem uma posição, esses abusos vão continuar acontecendo”, destacou.
ENDS. MACHINE TRANSLATION FOLLOWS:
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Japan receives criticism from the UN after wave of xenophobia in the streets
By Ewerthon Tobace
Tokyo for the BBC Brazil
Updated on September 10, 2014 – 07:44 (GMT) 10:44 GMT
Courtesy https://translate.google.com/translate?sl=pt&tl=en&js=y&prev=_t&hl=en&ie=UTF-8&u=http%3A%2F%2Fwww.bbc.co.uk%2Fportuguese%2Fnoticias%2F2014%2F09%2F140908_discriminacao_etnica_japao_et_rm.shtml&edit-text=
Plate against foreigners in Japan / Credit: Personal Archive
“Foreigners may only enter if accompanied by a Japanese,” says board
A recent spate of incidents of xenophobia has caused great concern in Japan and led the UN to ask the government of Prime Minister Shinzo Abe to take concrete measures to deal with the problem.
The main victims in this incident have been foreign communities such as Korean and Chinese, and other minorities called “enemy of Japan.”
An example of abuse is a video that went viral and circulates through social networks. Shows a group of men on the extreme right with megaphones in front of a South Korean school in Osaka.
They insult the students and teachers with profanity, make jokes with the culture of the neighboring country and threaten death to those who dare leave the building.
A report of the UN Human Rights Committee referred to the Japanese government, highlights the passive reaction of the police in demonstrations of this kind.
The authorities have been criticized for only observe, without taking any effective action to curb abuses.
In late August, the UN Committee on the Elimination of Racial Discrimination requested that the country “firmly approached the manifestations of hatred and racism and incitement to racial hatred and violence during public demonstrations.”
Since 2013, Japan has registered more than 360 cases of racist demonstrations and speeches.
The issue has gained the media spotlight and is being widely debated by the ruling party, the Liberal Democratic.
A case that is being seen as a test for the Japanese Justice in this area is the lawsuit filed last month by a South Korean journalist, Lee Sinhae against Makoto Sakurai, chairman of the far-right Zaitokukai for moral damage.
She wants compensation after being “humiliated” by discriminatory texts on the Internet.
“What worries me is that many of these speeches are leaving the anonymity of the internet and has already reached the streets,” Lee said in a press conference.
The journalist warned that several children are having contact with this type of thinking and replicate in the school environment, generating instances of bullying.
Law
In Japan, there is no law prohibiting defamatory or offensive speeches. To opponents, banning hate speech they can interfere in people’s right to freedom of expression.
But the country is a signatory of the International Convention on the Elimination of All Forms of Racial Discrimination, which entered into force in 1969, and recognizes that discriminatory expressions as crime.
By the Convention, countries would be forced to reject all forms of propaganda designed to justify or promote racial hatred and discrimination and to take legal actions against them.
According to the United Nations, the Japanese government still has much to do in this area. The UN committee insisted that Japan urgently implement “appropriate measures to review its legislation,” particularly its criminal code to regulate hate speech.
Exclusion of foreigners
For the writer, activist and American-born researcher naturalized Japanese Arudou Debito, “(such discriminatory attitudes) have become increasingly overt, organized, and normalized.”
Debito collects, since 1999, pictures of signs of shops, bars, restaurants, karaoke bars, many of them sent in by readers from all over Japan, with English phrases – and even in Portuguese – prohibiting the entry of foreigners.
The collection became a book entitled Japanese Only: The Otaru case of spa and racial discrimination in Japan. [NB: Not quite right, but my clarification was ignored by editors.]
Debito is said still worried that with the increasing dissemination of the thoughts of the extreme right, the cause get more and more “fans”.
“Japan still has the belief that extremism is less likely to happen in its ‘peaceful society'”,” he explained.
“I do not think it’s that simple. Ignoring the problems of hatred, intolerance and exclusivism towards minorities hoping they simply disappear too is a positive and historically dangerous thought.”
Board: “Japanese Only” / Credit: Personal Archive
Notice in a hotel hot springs warning that foreigners can not enter
Brazilians
The Brazilian community in Japan is also a constant target of discriminatory attitudes. Fourth largest group among the foreigners living in the country, Brazilians are constantly complaining of abuses generated by racial discrimination and the issue is always raised in discussions with local authorities.
The Brazilian Ricardo Yasunori Miyata, 37, is one of those who went to court after brother was mistaken for a thief in a supermarket of a large network in the city of Hamamatsu, Shizuoka Prefecture.
“The problem was the approach.’s Security came screaming, like he was crook and even after proven that it was all a mistake, he (the security guard) explained that part of the character of the Brazilian steal and we could not complain because we should be accustomed to this kind of thing, “said the boy, still indignant.
The case happened four years ago, but until today Ricardo discloses the story so that others do not go through the same embarrassment in which he and his family went through.
“Switch-police, made the claim in the network matrix, seek a lawyer, and for weeks, supermarket managers tried to convince us not to enter the process,” he recalls.
After three months, an agreement was made. “The network changed the company that makes local security, paid all the expenses of attorneys and even demand that managers asked apology in public,” said Ricardo.
20 years living in Japan, Brazil recalls that once the situation was much worse. “When I came in Brazilian supermarkets, for example, one usually played Brazilian music. Was a sign to warn employees that the store was abroad,” he said.
Ricardo has been barred in all bars and also suffered verbal aggression type. “This kind of discrimination exists, is visible and constant. Whilst the authorities and the media itself has not taken a position, these abuses will continue happening,” he said.
ENDS